quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Tua luz...
Neste inicio de madrugada
O calor, insetos, luzes da rua
Tua ausência, tua presença
Estás em mim, estás comigo
Mas não posso te tocar, te cheirar, te ouvir
Uma linda estrela, brilhante..
Compreendo que ela existe
Somos dois, tão distantes
E indago este momento, longínquo
Se pudesse eu encontrar um caminho
Que seguisse meu pensamento
Seríamos três.....
Adriana não teceu nenhum comentário. Sequer agradeceu, mas certamente esse encontro ficará eternizado em suas almas.
V
árias semanas se passaram. Encontros semanais em teatro, bares, cinema, parques, jantares...Quase ao final do outono Adriana está desempregada. Estevão a propõem que morem juntos.
- Olha, isso é solução. Eu te quero. Venha morar comigo, a gente se vira. Tu trabalhas e, teremos uma vida agradável.
- Estevão, não somos confiáveis, tu sabes disso. Além do mais meu sexto sentido me diz que vai durar pouco. Vou é voltar para a casa dos meus pais.
- Adriana, se tu me queres realmente, não te preocupas em justificar aos outros.
- Não é isso. Eu tenho de dar um rumo à minha vida, definitivamente.
Aquelas foram suas últimas palavras.
Hoje, final de maio, Estevão está sentado num bar da Andradas e um cálice de vinho. É seu habitat natural. Uma espécie de aperto no peito sufoca-o . Ela ligará até as dezoito horas. Não tinha consciência exata de seus sentimentos. Se o celular tocar. Sempre perdas. Somente contabilizou até hoje as perdas. Essa estória, esse caso, esse amor. Seria a perda da perdas.. Isso proporciona-lhe um sentimento de que finalmente ganhou algo. Querida Adriana, nem mais um beijo, nem um adeus.
Onde andarás? Provavelmente nunca à verá mais, sem retorno. Sinto demais, até amanhã - diz para si mesmo.
- Garçom, meu duplo por favor.
São dezenove horas e quarenta minutos.....
Retirou-se. Ganhou a capacidade de amar, finalmente....
Espera viver dias melhores.
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