quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Um caso em Porto Alegre...

verão em fevereiro de 2007 em Porto Alegre. Peças teatrais, shows de dança, bares, pontos de encontro, etc.. Estevão reside nesta cidade há vinte anos. Nem solitário, nem sozinho. Vários relacionamentos. Alguns prazerosos, outros frustrantes. Classifica seu tempo em dois períodos. Seu tempo inútil é absorvido pelo trabalho em um escritório de contabilidade e algum extra em que atua como professor de língua inglesa. Seu tempo útil quando afoga de gole em gole seus sonhos, mutilados, em um copo de uísque, ou então, quando sai a busca de novos relacionamentos, procurando tornar obesa sua agenda eletrônica de nomes e telefones. Ao final de mais um dia rotineiro de trabalho, uma sexta feira de carnaval, percebe ao sair que seu colega e amigo, Carlos o chama. - Velho, hoje à noite te encontro na cantina. Aliás, quero te contar em detalhes a história do cupido eletrônico. - Que papo é esse de cupido eletrônico? - Chat, meu amigo. Namoro pelo computador. - Depois das dez então, pois tenho musculação na academia. Não esqueças de trazer a revista que contém a matéria sobre alimentos naturais. - O tempo que precisa para se deslocar até seu apartamento é de aproximadamente trinta minutos. Mais vinte minutos até a sala de musculação. Nunca chegou no horário previsto. Fumante inveterado na época em que decidiu por uma atividade física intensa, hoje não consome mais do que cinco cigarros diários. Outra mudança radical em sua vida nos últimos tempos também é notável. Desde que contratou uma faxineira os objetos tem uma disposição aproximadamente lógica no que denominava seu campo de desconcentração . Ficava meio tonto quando a procura de algo naquele ambiente de total bagunça. Aproximadamente sessenta minutos de exercícios como pedalar, esteira, flexões, etc...o deixa extremamente satisfeito. Poucos amigos na academia. Aliás, desde o início, procurou evitar um contato maior com as pessoas que freqüentavam em seu período. No retorno para casa pensava o quanto o agradava o cansaço resultante das atividades. Ao chegar em casa nos dias de musculação não demora mais que cinco minutos para se trocar e beber meio litro de água mineral com gás e limão. Era prazeroso, quando ao tomar sua ducha, podia sentir suas pernas e braços terem assumido uma forma bem mais rígida. Isso o trazia uma espécie de segurança e bem estar consigo mesmo. Após o banho relaxante e renovador, bem vestido e com alto astral dirigiu-se a cantina. Decidiu não guiar, pois a lotação o deixaria na porta. Percebeu ao chegar a ausência de Carlos. Atrasar-se era uma de suas virtudes. Dirigiu-se ao balcão. O tom de sua voz, grave nesse momento, expressava uma certa angustia, uma prévia solidão. - Um duplo, sem gelo. O uísque aquece seu corpo e absorve temporariamente parte de uma repentina espécie de frustração. Interessante, pensa por alguns instantes, essa osmose, qual a relação com seu organismo? Líquida depressão e satisfação. E a mente? Direcionava seu olhar ao redor, pessoas em grupo. Observou por instantes do que falavam em uma mesa próxima. Algumas piadas, fatos relacionados a colegas, futebol... O nde estariam Fredo e Vitor seus bons companheiros? Sentiu algo semelhante a saudade. A seleção musical o agradava , mesmo assim decidiu que após quatro doses esperaria apenas mais alguns minutos, caso Carlos não chegasse iria para casa. Passaram-se cerca de vinte minutos. Bebeu de uma só vez a última dose e retirou-se. O vento quente e úmido da rua trouxe-lhe bem estar. Caminhou por duas quadras e tomou a lotação. Estava preocupado. Pensava estar sofrendo de insônia; talvez fosse preciso consultar um médico especialista. Ao entrar em casa pensou no que Carlos havia comentado, e como não possuía um microcomputador lembrou que a companhia telefônica disponibilizava um número para bate papo. Havia já ligado duas vezes anteriormente. Recorda que pessoas mal educadas, jovens com bolhas no cérebro, entre outros, era o que se ouvia. Foi deprimente aquela experiência. Mas, a essa hora, sem nada por fazer, sem sono, resolveu discar no tele amigos. Agora o grupo tem mais um componente. - Alô. - Oi. Qual o teu nome? - José. Mas podes me chamar de zeca. - Qual tua idade zeca? - 65 anos - Mas tua voz não parece de vovô. Está mais para de titio. Talvez uns quarenta. - Alguma restrição? E a tua? Uns 19? - Não. 22 aninhos. - O teu nome não é Angélica ? - Não, Adriana. De anjo só tenho as asas. - Adriana a tua voz é linda. Suave. Parece uma canção de ninar. Sabe que nós assumimos diversos personagens nestas conversas. O teu se parecesse com ? - Eu sou sincera. Me dá o teu número para que possamos conversar mais à vontade. - Já?. Tu és uma mulher decidida, lamento mas não posso. Imaginas quantos trotes. - Ô meu. A gata tá a fim. Não faz doce. - Sabia que tinha alguém na moita ouvindo a conversa alheia. Qual o teu nome? - Tiago. Eu só me interesso por mulheres, mano. - Adriana, anota meu celular. Identifico teu número e te ligo, certo ? - Combinado. Após fornecer o número de seu telefone celular percebeu que a pessoa realmente desligou. Também desligou, pois iria ao toalete e após, acender um cigarro. Então ligaria novamente. A caminho do toalete, toca o telefone. - Alô. - Sou eu. Me liga já, está bem? - É Adriana? - Sim. - Claro. Sem demora. A ssim que ela desligou, retornou ao toalete para aliviar-se. Olhou no relógio. Onze horas e meia da noite. Bem, prometi que ligaria. Vamos em frente. Discou. Quando ela atendeu, a curiosidade falou mais alto. - Dispensou o maridão para jogar conversa fora ? - Não sou casada, mas tenho namorado. - Crise no relacionamento? - Ele não está na cidade. Sua família foi à praia no carnaval. - E tu ficaste aí, sozinha? - Sim. - Lamento. Ele não te convidou? - Não. Disse que queria ficar com a mãe. Inventou outras estórias... - E aí então achou melhor bater papo com as pessoas. - É. Ajuda a afastar a solidão. - Geralmente a intenção é marcar um encontro, ver se rola alguma coisa mais interessante. - De que tipo? - Sei lá. Talvez ficar com a pessoa, curtir, namorar. - Sinceramente não é isso que desejo. Quero apenas conversar com uma pessoa. Você me pareceu um cara legal, maduro. Certamente não dirá uma porção de bobagens como as que ouvi. - Mas eu já posso estar querendo te conhecer... - Dependendo. - Dependendo do quê? - Quem sabe nos tornando amigos, nada impedirá. - Se tu tens um guia de intrusões ou manual como tornar-se amigo da Adriana envia por email para mim. - Bobinho. Mas o que você faz da vida, Estevão? - Eu sou contador de estórias e números. Aprecio a noite, mulheres, enfim o que os homens comuns tem em comum. E tu? - Trabalho num escritório. Sou secretária. - Já temos algo em comum. Também trabalho em escritório. - Tu tens mesmo a idade que falou? - Claro que não. - Me fala como tu és. - Estatura média, moreno claro, olhos castanhos....Se quiseres meu amor eu te dou. Risos. - Oferece teu amor a todas, no tele amigos? - Foi a segunda vez que liguei. - Estou com sono. A gente volta a se falar? - Quero te ligar amanhã, posso? - Antes das dez horas, porque minha tia vem me ver nesse horário e talvez fique para o almoço. Ou a qualquer horário que quiseres. - Combinado. Até amanhã. - Até. E ra imenso seu desejo. Aquela voz de menina mulher distante do namorado e ainda solitária, gerava em Estevão pensamentos excitantes. Neste momento toca novamente o telefone. Era Camila, uma amiga. - Alô Estevão. Não esqueceu do que combinamos para hoje, não é? Aliás o papo era quente pois faz quase uma hora que o telefone está ocupado. Quero te avisar que já se passaram mais de trinta minutos, seu atrasildo. - Eu já estou indo, Camila. Em vinte minutos estarei aí. Até. Foi invadido por uma espécie de tremor. Como pode ter esquecido. Não queria desapontá-la novamente. Após trocar-se, bebeu uma dose de uísque, ligou o carro e partiu. Trânsito tranqüilo. Nesta época do ano a cidade fica menos poluída, menos barulhenta. Mais alguns minutos, e encontrará aquela bela mulher. Talvez uma noite de prazer. Algumas horas pulando carnaval, beber duas ou três cervejas bem geladas e deitar-se com ela em algum bom motel da zona sul. Melhor ainda com a possibilidade de falar com Adriana na noite seguinte, quando tentaria marcar um encontro. Adora as fêmeas. Camila já o esperava. Estava vestida de saia jeans e uma blusa vermelha. Era possível perceber suas generosas pernas e seios atraentes. Estacionou. Saiu do carro, com ar de cavalheiro de bairro e foi abrir a porta do carona. Beijou-a ardentemente. - Controle-se Estevão, por favor. - Ora, faz uma semana que não te sinto. É a saudade. - Safado. Me deu um bolo na quarta-feira, e tenho certeza que hoje aconteceria o mesmo. Não vais me convencer tão facilmente. - Fui sincero contigo. Quando vais me dar um voto de confiança. Além do mais, hoje não quero falar sobre isso. Faremos um acordo. Apenas nos divertiremos, sem relembrar momentos desagradáveis, certo? Até penso que nunca tivestes tais momentos em minha companhia. Tu exiges demais de mim. - Está bem. Somente diversão hoje. Apesar de não curtir carnaval de salão, naquela noite parecia-lhe bem agradável o ambiente. Muitas mulheres bonitas, pessoal alegre, o bom humor de Camila. Por alguns instantes, ao ouvir marchas tradicionais, relembrou seu tempo de adolescência. Os preparativos para a noite de folia. Até o tempo caiu na festa. Quando percebeu o dia já estava clareando. Camila levemente embriagada pediu que a levasse para casa. - Certo. Vamos pra casa, querida. Vou te levar para uma casinha de bonecas dos Alpes, na Oscar Pereira.. - Cara safado. Tipinho. Nem pensar. Quero descansar. Amanhã a gente sai. Me dá um beijo. - Olha Camila, eu não vou insistir. - Cara, a cada dia ficas mais tolerante. O que está acontecendo? Furioso, não respondeu. Acelerou o máximo que pode e, em dez minutos, a deixava em casa. - Te ligo à tarde. - Está bem. Se esqueceres te dou um toque. M ais calmo, dirigindo lentamente, estacionou em um posto de combustível próximo e pediu duas cervejas geladas. Ao entrar despiu-se quase que totalmente, usando apenas cuecas. Sentou-se e pôs-se a ouvir música e beber. Eram seis horas e quinze minutos da manhã. Pensou em Adriana. Sentia-se embriagado e corajoso. Ela havia lhe dito que ligasse quando quisesse não importando o horário. Com receio discou. - Alô. - Bom dia, é Estevão. Me perdoa te ligar a essa hora. Tua solidão me tocou profundamente. Fiquei preocupado. E também queria conversar. Se é muito cedo, ligo mais tarde. - De jeito nenhum. Sabe adorei que tenhas ligado. Sinceramente pensei que não ligarias nunca mais. - Apesar de ser apenas a terceira vez que falamos, eu quero muito te conhecer pessoalmente. Fiquei com ótima impressão. - Eu também. Se tu quiseres, terça feira poderíamos almoçar juntos. - Façamos um trato. Aconteça o que acontecer, lutaremos os dois por esse momento, ok? - Se tens compromisso, pode ser outro dia qualquer. Eu vou de casa para o trabalho e vice-versa. Quando não é assim é porque fui ao shopping. - E o sofá? - Que sofá? - O namoro. - Ah! Eu o vejo basicamente no final de semana. Ele trabalha numa cidade próxima. - Fiquei curioso. Por favor, ligue o sinal vermelho se exagerar. - O que queres saber? - São bons os momentos em companhia dele? Há quanto tempo namoram? - Os momentos são ótimos. Namoramos há onze meses. - Ë um relacionamento duradouro. Certamente não é provável que o deixe. - Não é bem assim. Me sinto muito só. Quero um homem mais próximo. Ligo para o tele amigos para Ter com quem conversar. Tu não me disseste ainda qual o teu "estado civil". Risadas. - Solteiro e faceiro. Preciso da chave de um cofre para abrir a porta da igreja. - Tu és católico? - Digo que sim. Por que? - Me passou a idéia de casamento. - É. Mas é por aí. Na realidade não exigiria nada. - Não viverias com alguém sem compromisso legal? - Eu penso que poderia compartilhar momentos com alguma pessoa tolerante, compreensiva. - Te consideras um cara problemático? - Diria que não percebi ainda soluções para diversas situações. Aliás, todos somos assim. - Nem todos. - Tens razão. Mas continuamos nas generalidades, sem espicifidades, ok? Adriana quero demais te conhecer. Diga-me que nos veremos na terça feira. P or aproximadamente vinte segundos pensou que ela recusaria. Esperava ansioso por uma resposta positiva. - Tudo bem. Terça feira me ligas por volta das dez horas da manhã. Então combinaremos o local. Mas já vais me deixar? - Estou feliz e isso me adormece. Preciso descansar. - Se quiseres me ligar, estarei em casa o tempo todo. - Tá legal. Um beijo - Outro. Tchau. Após desligar, foi tomado de uma imensa alegria. Que garota sensacional. Mais uma cerveja. Passa das oito horas da manhã. É preciso dormir. Ligou o rádio em volume baixo e logo adormeceu. Não se falaram nos dois dias seguintes. Na terça feira pela manhã no horário combinado Estevão liga para Adriana. - Oi, Adriana. Sou o Estevão. - Olá, como vais? Tudo bem? - Tudo. Que tal a galeria do calçadão? - Pode ser. As onze horas, está bem? - Marcado. Ficarei te esperando. Visto um terno escuro, azul marinho. - Vou vestida com uma calça preta e uma blusa vermelha. Chegou com antecedência de aproximadamente trinta minutos. Na cafeteria da galeria pediu um café expresso e acendeu um cigarro. Toda essa tensão. O que importa é que enfaticamente se definiu como um homem feio, de meia idade, etc. Cabelos castanhos claros, olhos verdes, altura aproximada de um metro e setenta centímetros, peso não lembrava. Por mais arriscado que fosse haveria alguma recompensa. Talvez uma amizade. Procurava montar uma imagem de Adriana. O relógio despertador de seu celular tocou. Bem, agora restam somente cinco minutos para conhece-la... Concentrou-se em visualizar, o possível quase simultaneamente, os dois acessos ao interior da galeria Observava atentamente as pessoas. Praticamente no horário marcado percebeu uma mulher com as características definidas por Adriana. Vinha em sua direção. Era ela. Não tomou nenhuma atitude ou gesto que pudesse passar imagem de insegurança ou qualquer outra situação diferente de seu natural comportamento. Ao aproximar-se da mesa seus passos parecem terem diminuído a freqüência e não o comprimento. - Adriana? Percebeu, surpreso e alegre, que não tinha talento para formar retrato falado. - Sim. Prazer. - Nossa. Tu estás muito além da expectativa. Eu sou o que te falei, enquanto que fostes modesta além da conta, heim ? Mesmo assim, que bom te conhecer. Bem, sente-se. Queres beber algo? - Água mineral com gás. U m breve silencio tomou conta de ambos. Enquanto a fitava, pensava o quanto tinha se equivocado. Em carne e osso Adriana lhe passava a imagem de uma criatura tímida, um certo ar de constrangimento, parecia não estar a vontade. Questionou perante si mesmo a conseqüência desse momento. Como a situação requer raciocínio rápido algumas possíveis causas lhe afloraram ã mente. Ela realmente decepcionou-se, ou talvez, a voz seja um meio de comunicação mais apropriado à alma. Ou o corpo e sua alma parecem estar conflitantes neste instante. Numa tentativa de quebrar aquele iceberg atirou: - Sabe, eu gosto deste lugar por vários motivos dentre os quais o ar, a água, a arquitetura dos prédios e, principalmente a limpeza de ruas e praças. - Concordo contigo. - Adriana, me falas mais de ti. - Sou secretária há quase dois anos. Vim de uma pequena cidade do interior, assim que concluí o segundo grau. - E não pretendes cursar faculdade? - O problema é o alto custo. Não tenho condições de pagar. - Bem, há cursos públicos. - Sim. É verdade, mas a competição é muito maior, as pessoas se preparam. Um curso pré-vestibular é muito caro. - Há um buffet executivo à duas quadras e estou faminto. Que tal? - É claro. Vamos lá. O almoço durou cerca de uma hora. Conversaram de tudo um pouco. Sorrsisos, ela é realmente simpática demais. Concordaram em ir até a praça. Estevão não lembrava da última vez que foi a uma praça após o almoço e por isso achou a idéia muito original. Sentaram-se em um banco próximo a muitos pombos. - Infelizmente meu tempo esgotou, mas quero te ver no final de semana. - Se o meu namorado não vir, tudo bem. Me liga amanhã à tarde. - Combinado. - Poderia ser até antes, insistiu. - Ora, talvez a gente se veja. - Desculpe-me. É claro, se tu puderes. Impressionante a sensação de tristeza. Não queria deixá-la, mas era preciso ir. Despediram-se, aparentemente, ambos satisfeitos. Quando Estevão ligou ela disse-lhe que estaria livre para sair. Ele sequer a questionou. O importa é que ele a pegaria no dia seguinte à noite. Mal conhecia o bairro, mas certamente localizaria o endereço. Desde aquele momento ansiava pelo encontro. Novamente chegou com antecedência de trinta minutos. Queria-a e sentia que ela não negaria. Por isso tomou uma atitude inusitada. Aquela mulher realmente o excitava. Guiou o carro até um motel na encosta de um pequeno morro à beira da BR 116. A inda trancando a porta já a abraçava juntando a si aquela carnuda bunda. Mordiscou-a na nuca acariciando seus seios com as mãos. Foi despindo-a vagarosamente. Suas coxas volumosas se mostram e deita-a na cama. Vorazmente a penetra. Percebe a umidade generosa de sua vagina. Sente um enorme prazer. Procura lembrar neste momento algumas situações de seu guia particular de prática sexual. Roçava seus lábios aos dela até que quando super aquecidos a beijava carinhosamente. Sua saliva e secreção vaginal pareciam regurgitar. Estava prestes a ejacular. Então, retirava o pênis penetrando-a por cinco ou seis vezes somente com a metade, seguindo uma penetração total. Lambeu-a duas ou três vezes dos pés até a nuca. Percebeu que suas pernas e braços arrepiavam-se de tal forma que pareciam brotar verrugas. Hálito, suor maravilhoso. Carne amada. Alguns instantes a mais, ao ejacular, procurou e obteve um enorme prazer, um dos maiores de sua vida. Foi ao toalete tomar uma ducha. Retornando encontra-a quase que desfalecida. Deixa-a vontade. Acende um cigarro, pensando consigo.. Reagirei. Lutarei com todas as minhas forças para não amá-la. É apenas uma outra relação, mais um beijo, querida. Para o nosso amor é satisfação, prazer. Meu prazer. Minha vida é um organismo que assume diferentes formas de acordo com uma combinação particular de sons, imagens, sensações que interagem gerando meus diversos comportamentos. Tenho um sentimento semelhante a uma grande saudade quando penso nisto. Fico assustado e muito triste. Não sei o porquê. Pode ser pelo fato de não compreender, de não ter o domínio, de não conseguir subjugá-lo. O que me confortaria o espirito, ou lhe proporcionasse paz? Adriana faz com que concentre minha atenção sobre si. Como uma válvula que redireciona minhas emoções e nesse encontro tenho paz e conforto em seus braços, suas pernas, seus seios... Nesse momento, ela quebra o silencio. . Toda vez que pensar em ti vou ligar para teu celular e após duas chamadas desligarei. Assim saberá que sou eu. . Vou cadastrar teu nome e número na agenda de endereços, para identificar mais rapidamente. . E amanhã, o que pretendes fazer? . Nada programado. Talvez dormir além do costume. Quem sabe a gente se encontra ? . Eu pretendia ir ao shopping fazer compras. . Depois um cineminha. Ou então, no foyer do teatro haverá a apresentação de um grupo que prestará um tributo a Charlie Parker. Tu curtes um bom jazz? . Combinado. Nos encontramos as 14:30. Já de madrugada a deixa em casa. Beija-a e parte. Era uma sensação nova. Mista de alegria e tranqüilidade. Alguém com quem poderia dividir a tarde. Alguém especial. Esperava estar o quanto antes em seu recanto, ouvir música ao tomar uma ducha. Ao chegar, atira-se em sua cama vestido e de sapatos. Adormece. Q uando o relógio desperta as doze horas, rapidamente se dirige ao toalete. Em poucos minutos já está a caminho. Estava no local por volta de 13:00 horas. Dirigiu-se ao cyber café, pois desejava acessar dois sites. Ali permaneceu por aproximadamente uma hora. Tomou a escada rolante e dirigiu-se ao local do encontro. Comprou um tablete com drops sabor de menta. Observou algumas vitrines próximas. Quase que pontualmente Adriana chega. Estava vestida com uma calça preta e blusa vermelha. Os longos cabelos loiros penteados e muito limpos. Enquanto vinha em sua direção, sorrindo, observava o quanto aquela bela jovem preenchia quase que totalmente todos os requisitos que considerava essenciais numa mulher. . Olá, querido.. . Adriana, que gostosura. Juro que comecei a crescer ao te ver. Que tesão. Te adoro, te quero. . Bem, declara em público, agora, que talvez eu acredite.... Acho que falas assim também para as outras tuas amiguinhas... Estevão em voz alta não vacilou . Senhoras e senhoras, tenho uma declaração importante a fazer-lhes... Nesse momento, como algumas pessoas o ouviram e o olharam com curiosidade, ela imediatamente o puxou. . Enloqueceu. Não me faça passar por isso. Está bem, eu acredito... . Muitas risadas... .Tenho um presente para ti, Adriana. . O que há neste envelope? . Abra. Lembra quando consegui marcar nosso primeiro encontro? Naquela noite escrevi essas linhas.

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