segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Eu to que to...

Eu tô que tô, como ensandecendo,queimando por dentro, com o corpo ardendo, num desejo arraigado, qual eletrizado, tamanho o tesão, que vem se apossar,só em me lembrar, da noite passada, em que nos amamos, febris nos doamos, cometendo loucuras sobre esse leito, num jogo perfeito, de provocações, ardis, invenções, procurando obter, infinito prazer... Eu tô que tô, qual louco possesso,igual réu confesso,que foi condenado, a redimir seu pecado,vivendo recluso e enclausurado,cujo preço a pagar, é não ter quem amar, sem ter outros lábios, pra os dele beijar,nem mesmo outra pele, pra dele tocar,só achando saída, quando a fúria é incontida, num gozar solitário, castigo imposto, se faz seu calvário...... Eu tô que tô, sem ter lucidez,tão grande a pressão, em minha rigidez, com o sexo ativo, pulsando e vibrante, num modo abrasivo, parece ditar-me que eu vá te buscar,pois quer tua boca pra se aconchegar, em teus seios,em teu ventre,ele quer passear, para após esgotado poder sossegar...... Eu tô que tô, sentindo os odores por nós exalados, os cheiros de cio no ar propagados,quando nossos gozos se fazem acirrados, deixando os ventres por seivas untados,quais provas fiéis de orgasmo alcançados,molhando o tecido dos lençóis manchados...... Eu tô que tô, pensando nas cores de tuas calcinhas,são tão delicadas e pequenininhas, as quais eu retiro com gana e furor, quando me embriago com o doce licor, que extraio ao sorver do teu ninho do amor... Eu tô que tô, sem eira e nem beira, com o ardor a fluir, desse tesão que devora não posso fugir, por isso me esperes, se ias sair, pois quero amá-la até o exaurir.....

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