sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Tapinha" pode ser gostoso e sem culpa

Tudo começa com uma pegada mais forte, uma mordida na orelha, um puxão de cabelo e, no auge dos amassos, vem um inocente "tapinha". Na primeira vez pode parecer estranho, mas se for aceita entre o casal pode se transformar em uma prática bem gostosa.

» Você é adepto dessa prática?

Cena batida em filmes pornô, o famoso "tapinha não dói" é assunto nas rodinhas de bar, nos divãs dos psicólogos, e praticado em quatro paredes até pelas que passam por "puritanas" socialmente.

"Sexualmente as pessoas têm muita fantasia. Se não for violenta, não vejo nada de mal. Cada casal sabe a medida certa", acredita a psicóloga e especialista de relacionamentos Eliete de Medeiros, que em seu consultório ouve as mais interessantes histórias sobre o assunto.

"Algumas mulheres estranham no começo, mas depois transformam o tapinha em uma prática corrente. Também já ouvi histórias de homens que ao saírem com aquelas mulheres certinhas brocharam ao ouvirem o pedido", conta Eliete.

Tapa na cara?

Para a atriz pornô Patrícia Kimberly, a prática esquenta a transa. "Não acho legal o homem apanhar, mas eu gosto de um tapinha na cara e na bunda", confessa. "Tem cara que tem medo de bater, ai eu bato na cara dele pra ele dar depois. A hora em que mais sinto tesão é quando ele fica bravo".

Márcia Imperator segue na contramão da colega de profissão. "Uma relação é feita de carinho. Quem gosta disso não gosta de si próprio. Não gosto nem de puxão de cabelo", brada a ex-garota do Teste de Fidelidade da Rede TV!, que acaba revelando. "Meu namorado bateu na minha cara e foi legal".

Não existem fórmulas mágicas para a prática. Para chegar ao "toque perfeito", deve haver conversa durante as preliminares. "Tudo isso tem que ser dialogado no momento", recomenda Eliete. "Se na hora do sexo a pessoa gostar, tem que ir adiante', completa aos risos.

Sinônimo de virilidade no mundo pornô, o ator Jota garante fazer de tudo na cama. "Sou dominador e meu estilo é hard (pesado). Adoro dar na cara delas".

Para Jota, às vezes, o romantismo cede lugar para o um sexo mais selvagem. "As mulheres não admitem, mas gostam de uma carícia mais forte".

Instinto e desejo

Termos como o spanking (de espancamento) são comuns no dicionário sadomasoquista, mas passam longe dos tapinhas carinhosos. "Só não se pode esmurrar o parceiro, daí vira transtorno sexual e a pessoa tem que se tratar", explica a especialista de relacionamentos.

Diferenciar o sadomasoquismo das brincadeirinhas mais atrevidas é fundamental. Profissionais do sexo são unânimes em dizer que na cama vale tudo.

"Estamos falando de instinto, de entrega sexual. Quando o tesão aumenta, a tendência é praticar cada vez mais, desde que seja saudável para os dois", conta Eliete.

E não precisa se sentir culpado depois de ver a marca da mão estampada no corpo do parceiro. "O importante é satisfazer o desejo do outro", finaliza.

Se, mesmo assim, as encanações continuarem, volte às leves mordidinhas, pois não há mulher que não goste. "Eu amo mordidinha na nuca. Quando levo uma me derreto toda", confessa Patrícia.

 

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